terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Essência

Do muito que vivi,
quase tudo se foi.
As palavras, os gestos,
canções e preocupações
dissolveram-se no vento.

O mundo continuou a girar.
E eu, ali, quieto, ouvindo o nada.
As sombras saíram rapidamente.
E o medo virou pó.

As lágrimas que brotaram
eram doces, tinham cheiro de rosas.
A mente, parada, nada pensava.
E o coração pulsava em essência.

Não se ouviram gritos.
O silêncio era a realidade.
A alma apoderou-se de tudo.
Tudo virou alma.

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